CAIRO, 4 de nov de 2010 às 12:24
Três dias após o massacre de dezenas de católicos na Catedral de Bagdá, o Estado Islâmico do Iraque (EII) –um conglomerado de grupos terroristas muçulmanos liderado pelo Al Qaeda- ameaçou o Vaticano a provocar "mares de sangue" e declarou aos cristãos "brancos tangíveis lá onde estejam".
Conforme recolhe a imprensa internacional, o EII difundiu um comunicado em um conhecido site usado por grupos radicais, no qual exige ao Vaticano que se desvincule dos católicos coptos do Egito para não ser alvo dos ataques do Qaeda.
"Que saibam estes infiéis e a sua cabeça o Vaticano que a espada da morte não vai se levantar dos pescoços de seus seguidores até que (o Vaticano) anuncie que não tem nada a ver com o que fazem os cães da Igreja egípcia (...) para pôr fim ao crimes e pôr em liberdade as prisioneiras nos cárceres de seus mosteiros", diz na nota em alusão à suposta retenção de cristãs conversas ao Islã.
Os terroristas argumentam que se os dirigentes da Igreja Católica não tomam esta postura "abrir-se-ão as portas da destruição e os mares de sangue".
O texto anuncia "que todos os centros, organizações e organismos cristãos, com seus dirigentes e seguidores, são objetivos legítimos para os mujahedines lá onde possam ser alcançados".
O último domingo, ao menos 58 pessoas –incluindo dois sacerdotes católicos, numerosas mulheres e crianças- morreram na Catedral de Sayida An Nayá em Bagdá em um ataque terrorista e posterior operação para libertar as dezenas de fiéis retidos no templo enquanto se celebrava uma Missa.
A suposta retenção de muçulmanas em conventos foi desmentida pela Igreja no Egito.